SINPROF-RO luta por revogação do ponto eletrônico nas escolas municipais em Porto Velho

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Em sessão da Câmara Municipal de Porto Velho da manhã de ontem, terça-feira (25/6), dirigentes do Sindicato dos Professores no Estado de Rondônia (SINPROF-RO) acompanharam a apresentação do Anteprojeto de Lei do vereador Isaque Machado (União Brasil) que trata, sobretudo, da revogação da obrigatoriedade do uso de ponto eletrônico para registro de jornada de trabalho dos professores da rede pública municipal de ensino de Porto Velho.

Esta iniciativa do vereador Isaque Machado é de extrema importância para a categoria, que há muito busca o fim da obrigatoriedade do ponto eletrônico nas escolas municipais que, por sua vez, não possuem estrutura e condições de trabalho adequados para que os professores consigam cumprir sua jornada de trabalho e suas atribuições de forma digna.

“Existem escolas que não possuem computadores, notebook’s e nem mesmo internet. O professor acaba cumprindo sua carga horária e depois se vê obrigado a levar trabalho para casa, pois só lá ele poderá fazer seu planejamento de aulas, trabalho e provas escolares. Ou seja, estas atribuições que ele poderia fazer no local de trabalho, durante o expediente de cinco horas, ele terá que fazer depois, em casa, fora da jornada de trabalho, e só se ele tiver equipamento pessoal para isso”, esclarece o presidente em exercício do SINPROF-RO, professor Joelson Chaves de Queiroz, que esteve acompanhado da presidente licenciada Elessandra Reis.

O dirigente enfatiza que os professores não são contra o ponto eletrônico, mas sim contra a falta de estrutura das escolas municipais.

“O que nós combatemos é exatamente a falta de estrutura e condições de trabalho. Neste atual cenário, o ponto eletrônico não cabe na rotina do professor, acabou se tornando um transtorno, uma preocupação a mais. Como não consegue fazer na escola, o professor tem que fazer em casa, e obviamente isso gera a sobrecarga de trabalho e, consequentemente, o adoecimento dos profissionais. Alguns até se afastaram da sala de aula por causa dessa pressão diária. Portanto, não podemos deixar de lutar contra este cenário de precariedade nas escolas que, infelizmente, tem colocado em risco a saúde dos professores e professoras da rede municipal de ensino da capital”, acrescentou.

“O SINPROF-RO estará acompanhando todos os trâmites legais e irá em todos os gabinetes para pedir o apoio dos vereadores para que o anteprojeto de lei seja aprovado e, de fato, colocado em prática”, concluiu Joelson.


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